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SE É RIOAVISTA OU VILACONDENSE.. PREENCHA ESTE QUESTIONÁRIO

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16 agosto 2017

Boavista 1 - 2 Rio Ave - 6 pts muito cépticos



  Passaram dois jogos e a minha profecia já não será cumprida, felizmente para o Rio Ave. Pelo menos na integra, e acredito que com 6 pontos ou se seguem jogos muito maus ou Miguel Cardoso conseguiu aumentar o seu período de experimentação deste modelo de jogo.
  Nestes dois jogos deu para ver algumas diferenças face ao jogo da derrota frente à equipa francesa do Angers onde fomos clara, clara, claramente inferiorizados. Eles não deram mais espetáculo, mas jogaram o jogo que é um jogo de futebol de uma forma muito mais inteligente. E nós, nesse dia nem no capítulo do espetáculo estivemos por cima. Foi só fadiga após a semana de estágio?
  O Rio Ave já não insiste na fixação de 3 homens atrás da linha da bola quando constrói o jogo a partir da defesa, principalmente quanto tem pela frente apenas um adversário (será mais aceitável quando defrontar modelos de dois avançados). O eu vi no jogo de apresentação foi a aplicação de uma solução que nos roubava uma linha de passe no meio campo entregando claramente a superioridade à defensiva adversária, situação potenciada pelo facto de que esses homens no centro do terreno eram forçados a receber a bola de costas para o objetivo. Belenenses e Boavista acabaram por equilibrar os jogos dessa maneira.
  No ataque temos 3 Golos: um ressalto, uma bola parada e um contra-ataque, manifestamente pouco (ou nada?) para quem privilege o ataque organizado e a posse de bola.

  Podemos melhorar? Podemos sim e isso tem-se verificado de jogo para jogo. A construção de jogo já foi alterada, os lateraloextremos estão melhor posicionados (continuo muito apreensivo em relação aos jogos com as melhores equipas – acho que vai ser por ali), e os dois médios exteriores começam a procurar mais o corredor.
  Na minha opinião não chega. Acredito que os laterais estão demasiado expostos e que se pede um grande esforço aos médios que os apoiam em diagonais constantes. Os médios mais exteriores não são extremos e nem procuram ser tal o que faz com que a equipa fique muito estreita. Barreto tem mostrado dificuldades de adaptação. Ao nosso futebol? Penso que não é tanto isso mas sim a posição. Ainda não é um jogador de corredor (poderá ser?). Gabrielzinho entrou bem, mas nas jogadas em que apareceu mais não estávamos naquele ataque de: passe, passe, passe a meio campo.
   Por fim, deixo um destaque para aquele jogador que mais me tem impressionado e mais água na boca me tem deixado. Se ainda vier a melhorar não fica cá muito tempo. Falo de Pelé. Acho que foi injustamente “castigado” pelos maus passes em certo período de tempo no jogo da 1ª jornada. É um jogador que trabalha silenciosamente. Por vezes parece escondido do jogo, e está. Está escondido a vigiar o seu terreno de caça. Assim que o adversário recupera a bola ele aparece e ataca. Ataca a bola, ataca o espaço e por vezes o jogador. Se isso evitar um golo… Na construção de jogo errou, mas também já acertou. Fazendo mais passes erra-se mais e acerta-se mais. Não podemos olhar para Pelé como se olhava para Petrovic, mas sim como se olhava para Wakaso. Ninguém esperava que ele fizesse aquele passe magistral, o que todos queríamos era o descanso de saber que, com ele e os dois centrais, os adversários enfrentavam uma muralha com um carro armado que ia a qualquer lado bloquear o inimigo. Mas atenção, daquilo que já mostrou no passado, para Petrovic, talvez só lhe falte mesmo os passes de 30, 40 e 60 metros. Vamos ver se ele chega lá.

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